Sobre a responsabilidade


“You are not the cause of everything that happens to you, but you are responsible for how you respond to everything that happens to you.”

James Clear

Nas redes sociais, assistimos com frequência aos sucessos e às coisas boas da vida que as pessoas que conhecemos ou não conhecemos partilham. E, se por um lado, é positivo, porque o bom da vida deve ser celebrado, pode levar-nos a uma comparação com a nossa realidade e a sentimentos ou emoções negativas: frustração, tristeza, inveja ou até raiva.

Não sou especialista nestes temas, nem tenho intenção de tornar-me, mas acho importante assumirmos que todos temos dias difíceis, mesmo quando, ao mesmo tempo, fazemos coisas espectaculares. Até porque são essas coisas espectaculares que nos animam e motivam quando mais precisamos.

Há dias em que somos confrontados com questões que não conseguimos resolver, em que temos de reconhecer os nossos limites e pedir ajuda. Não é fácil. Mas é humano e deve ser normalizado. Precisamos de sair de dentro dos nossos pensamentos e ouvir os outros, encontrar nas suas experiências o que também ecoa em nós e decidir qual o caminho que vamos escolher.

Padre António Vieira escreveu “Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos.” É esta a nossa responsabilidade: decidir se vamos fazer ou não. O tempo não pára: os dias têm 24 horas, as semanas têm 7 dias e assim por diante.

Demora o teu tempo, mas assume a tua responsabilidade. É só tua, não pode ser partilhada com mais ninguém.

"Noite Estrelada Sobre o Ródano", de Vincent Van Gogh

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